A Vibra Energia registrou lucro líquido de R$
1,02 bilhão no quarto trimestre do ano passado, o que representa
queda de 67,4% em relação ao mesmo período de 2020. Entre janeiro e
dezembro, a queda foi de 36%, para R$ 2,5 bilhões.
No acumulado do ano, o lucro líquido da Vibra somou R$ 2,5
bilhões, 36,1% a menos na comparação a 2020, de R$ 3,9 bilhões. A
Vibra destacou que o lucro líquido teria apresentado uma expansão
de aproximadamente 35% em 2021, se excluísse o efeito da
contribuição positiva da primeira remensuração de passivos
decorrentes da mudança dos planos de saúde, no valor de R$ 2,1
bilhões, no 4T20.
A receita líquida entre outubro e dezembro
ficou em R$ 39,271 bilhões, aumento de 61,6% ante o quarto
trimestre do ano passado. Houve avanço de 59,7% em 2021, para R$
130,121 bilhões na comparação com o ano anterior.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – ajustado caiu 1,1%,
totalizando R$ 1,598 bilhão. Já a margem Ebitda ajustado atingiu
4,1% no período, baixa de 2,6 pontos porcentuais frente a margem
registrada em 4T20.
De janeiro a dezembro, os Ebitda ajustado ficou em R$ 4.9
bilhões, alta de 30,8%. A margem ajustada ficou em 3,8% no total do
ano, uma queda de 0,8 ponto percentual ante mesmo período de
2020.
O volume de vendas sofreu uma redução de
3,4% no 4T21, no total de R$ 9,9 bilhões, principalmente em razão
das menores vendas de coque (-85%) e ciclo Otto (-5%), parcialmente
compensados por maiores volumes de diesel (+6%), combustíveis de
aviação (+31%) e óleo combustíveis (+27%, térmicas). De janeiro a
dezembro, foram R$ 38,4 bilhões em vendas, um crescimento de 4,7%
contra 2020.
As despesas operacionais ajustadas foram de R$ 758 milhões no
4T21. Sem o efeito do resultado com o hedge de commodities e gastos
com CBIOS, totalizam R$ 638 milhões.
O lucro bruto totalizou R$ 2,172 bilhões no 4T21, um aumento de
42,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020, em razão de maiores
ganhos com inventários e maiores margens média de comercialização.
A margem bruta atingiu 5,5% no último trimestre de 2021, queda de
0,8 pontos porcentuais na comparação anual.
Ao se considerar o consolidado de 2021, o lucro bruto cresceu
53,7%, chegando a R$ 6,8 bilhões. Isso ocorreu principalmente em
função da recuperação parcial do volume de vendas, “com ganho de
market share em todos os segmentos, acompanhada de uma evolução
positiva da margem média de comercialização, alavancada pelo maior
fornecimento de óleo combustível para as térmicas emergenciais”,
diz a empresa, em apresentação.
As despesas operacionais ajustadas da Vibra somaram R$ 638
milhões no último trimestre de 2021, redução de 1,5% frente às
despesas do mesmo trimestre de 2020.
O resultado financeiro foi positivo em R$ 807 milhões no 4T21,
avanço de 209,2% frente aos ganhos financeiros do 4T20.
A dívida líquida da Vibra ficou em R$ 10,111
bilhões no final de dezembro de 2021, crescimento de 115,5% em
relação ao mesmo período de 2020.
O aumento da dívida líquida ocorreu devido, principalmente, ao
financiamento adquirido para aquisição da Comerc (R$ 2 bilhões),
pagamento de R$ 0,5 bilhão aos acionistas sob a forma de dividendos
e juros sobre capital próprio, e também pela execução de R$ 917
milhões no programa de recompra.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida
líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2 vezes em dezembro/21, uma
elevação de 0,8 vez em relação ao mesmo período de 2020.
Os resultados da Vibra Energia (BOV:VBBR3) referentes suas
operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia
23/03/2022. Confira o Press Release completo!
Teleconferência
A Vibra Energia conquistou mais participação de mercado nos dois
primeiros meses deste ano, com empresas menores saindo da
importação de combustíveis num momento de alta volatilidade do
petróleo, disse nesta quarta-feira o diretor de finanças e compras
da companhia, André Corrêa Natal.
“Os dados que saíram essa semana confirmam que a gente
provavelmente ganhou ‘share’ nesse primeiro bimestre, temos mantido
o atendimento integral à nossa rede”, afirmou, durante
teleconferência de resultados.
Essa tendência já havia sido apontada na semana passada por
integrantes do setor ouvidos pela Reuters, que indicaram que a
concentração no mercado de combustíveis brasileiro poderia aumentar
diante da alta volatilidade do petróleo, com empresas como Vibra,
Raízen e Ipiranga se beneficiando.
O executivo da Vibra, maior distribuidora de combustíveis do
Brasil, ponderou que a situação acirrada pela guerra na Ucrânia
cria desafios de precificação.
Ele explicou ainda que, como a intensa volatilidade dos preços
do petróleo não é imediatamente acompanhada por uma alta no mercado
de doméstico, há uma defasagem temporal entre operações financeiras
de hedges e valorização de estoques no mercado físico.
“Você pode ver perdas de hedge não compensadas integralmente por
ganhos de estoque. Agora tivemos um aumento relevante do preço no
mercado doméstico, mas no meio de março. O ganho de estoque
possivelmente não vai ser capturado dentro do primeiro trimestre”,
disse Natal.
Em relação às margens de comercialização, ele disse que os
níveis continuam saudáveis e “mais ou menos” em linha com as do
quarto trimestre de 2021.
Natal avaliou ainda que o mercado para importação de diesel deve
continuar apertado em abril, mas afirmou que a Vibra tem conseguido
acessar os volumes necessários.
“Estamos navegando bem… não tivemos cancelamento de carga,
nenhum default. Tudo que temos contratado está sendo absolutamente
honrado”, disse.
O diretor financeiro da Vibra disse ainda que uma piora do
conflito na Ucrânia pode gerar maior necessidade de capital de giro
para a companhia.
“Temos que ter certa cautela em preservar certas saídas de caixa
no momento e até buscar no mercado mais liquidez para manter um
caixa até um pouco acima do que teríamos normalmente por conta
dessas flutuações.”
Caso o cenário melhore, a companhia poderá mudar sua postura
cautelosa e avaliar eventual distribuição de dividendos
extraordinários ou retomar o programa de buyback de ações,
acrescentou.
A administração da Vibra também comentou sobre a recente
aquisição do co-controle da Comerc, que atua na comercialização e
geração de energia elétrica.
Segundo o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, a
Comerc tem potencial para criar “muito valor” além dos 1,4 bilhão
de reais em Ebitda futuro que haviam sido precificados no IPO
–processo que acabou sendo cancelado com a oferta colocada pela
Vibra.
“Se fôssemos olhar só os nossos 50%, sozinha (a Comerc) já
traria 20% a mais para companhia até 2025… Lembrando que eles têm
um pipeline que não foi precificado (no IPO)… é uma companhia que
vai criar muito valor além dos 1,4 bilhão.”
Ainda segundo Ferreira Júnior, a Vibra vai organizar um roadshow
com investidores e analistas para apresentar mais detalhadamente
seus planos para a Comerc.
VISÃO DO MERCADO
Ativa Investimentos
A Vibra Energia teve resultados superiores às expectativas no
quarto trimestre, diz a Ativa Investimentos, com receitas e custos
em linha gerando uma margem de R$ 138 por metro cúbico, o que
compensou volumes menores no período.
O analista Ilan Arbetman escreve que o indicador foi obtido a
partir de maiores margens de comercialização e capacidade de
diluição de despesas disposta pela companhia no trimestre,
destacando também bom resultado em aviação e postos.
“Neste trimestre, Vibra registrou maiores margens, defendeu seu
posicionamento em mercado vitais e ainda seguiu adicionando uma
quantidade líquida de postos superior aos seus principais pares”,
comenta.
A desaceleração nos volumes deve ser pontual, diz o analista,
impactada pelo avanço da ômicron, do surto de influenza e do
aumento das chuvas no quarto trimestre. “A partir de março, houve
maior normalidade”, destaca.
Ativa Investimentos tem recomendação de compra com preço-alvo em
R$ 32,70
Credit Suisse
A Vibra Energia superou expectativas já altas no quarto
trimestre, diz o Credit Suisse, com o Ebitda ajustado de R$ 1,6
bilhão vindo 10% além das estimativas. O bom resultado foi
sustentado pela forte margem Ebitda de R$ 163 por metro cúbico,
acima dos pares no mercado.
Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que o
indicador teve alta por conta de efeito positivo de ganhos com
estoques e poucas perdas com hedges contratuais. A convergência dos
preços para a paridade internacional também ajudou a margem
Ebitda.
O banco também nota que o indicador foi afetado negativamente em
R$ 3 por metro cúbico em decorrência de efeitos não recorrentes. O
valor das ações continua positivo, com múltiplo de 14,5 vezes po
preço-lucro em 2022. No ano, a margem da Vibra deve ficar em R$ 120
por metro cúbico.
Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo a R$
32,00…
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
Vibra Energia ON (BOV:VBBR3)
과거 데이터 주식 차트
부터 6월(6) 2024 으로 7월(7) 2024
Vibra Energia ON (BOV:VBBR3)
과거 데이터 주식 차트
부터 7월(7) 2023 으로 7월(7) 2024