Ações da Azul despencam, enquanto companhia avalia opções para lidar com sua dívida iminente
29 8월 2024 - 11:25PM
Newspaper
A companhia aérea brasileira Azul está avaliando diversas opções
para lidar com suas obrigações de dívida iminentes, incluindo uma
possível oferta de ações ou até mesmo um pedido de recuperação
judicial, segundo fontes próximas ao assunto.
A empresa, que enfrenta dificuldades financeiras, também está
trabalhando ativamente para concluir a fusão com a Gol Linhas
Aéreas (BOV:GOLL4). O objetivo é convencer os credores de que a
nova entidade combinada teria níveis de dívida mais baixos e
melhores perspectivas de crescimento, conforme relatou uma das
fontes. No entanto, essa abordagem é vista como menos atrativa,
dado que a Azul enfrenta necessidades de caixa imediatas e
resultados financeiros fracos.
Embora o pedido de recuperação judicial esteja sendo
considerado, a Azul está empenhada em evitá-lo e está trabalhando
com o Citigroup para uma potencial oferta subsequente de ações, de
acordo com uma das fontes. A empresa também contratou o Citi como
consultor no possível acordo de fusão com a Gol, e está perseguindo
essa potencial fusão como uma opção estratégica separada da atual
crise de dívida.
Outra opção que está sendo considerada é a emissão de dívida
através da unidade de carga da Azul (BOV:AZUL4).
Representantes da Azul e do banco norte-americano Citigroup
recusaram-se a comentar o assunto.
A Gol entrou com um pedido de recuperação judicial em janeiro,
após enfrentar US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo e
realizar uma dúzia de trocas de dívida. Outras três das maiores
companhias aéreas da região — Avianca Holdings, Latam Airlines e
Grupo Aeromexico — também pediram recuperação judicial em 2020, com
seus respectivos processos se arrastando por anos. Desde então,
companhias menores como a Interjet, no México, e a Viva Air, na
Colômbia, encerraram suas operações.
A Azul foi a única entre o trio de grandes companhias aéreas do
Brasil que não entrou com pedido de recuperação judicial após a
pandemia de Covid-19, que devastou o setor de viagens. Em vez
disso, a empresa conseguiu postergar vencimentos através de uma
troca de títulos em junho de 2023. No entanto, a Azul ainda
enfrenta dificuldades com obrigações de arrendamento e altos
pagamentos de juros sobre sua dívida.
A desvalorização do real brasileiro aumentou as despesas da
Azul, incluindo os pagamentos de arrendamentos denominados em
dólares e os custos de combustível atrelados ao dólar. A companhia
aérea tem R$ 382 milhões em pagamentos de dívida local vencendo
neste ano, além de US$ 550 milhões em notas com vencimentos em
parcelas trimestrais ao longo dos próximos quatro anos.
As ações da Azul despencaram após a empresa reportar prejuízos
líquidos de R$ 3,87 bilhões no segundo trimestre e aumentar sua
dívida líquida. O nível de alavancagem da empresa subiu para mais
de quatro vezes seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (EBITDA), em comparação com três vezes anteriormente. A
companhia aérea atribuiu o aumento da dívida à desvalorização da
moeda e às enchentes catastróficas que paralisaram o principal
aeroporto do estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, que
permanece fechado.
Parlamentares brasileiros aprovaram na quarta-feira uma
aguardada proposta de auxílio financeiro ao setor aéreo. O plano
prevê a disponibilização de R$ 5 bilhões em crédito para companhias
aéreas em dificuldades. Isso poderia aliviar a pressão sobre a
Azul, que se qualificaria para o auxílio desde que evite o pedido
de recuperação judicial.
- B3 informou a suspensão das negociações das ações da
Azul e seus respectivos derivativos, por iminência de fato
relevante
As ações da companhia aérea Azul registram uma sessão de fortes
emoções na Bolsa brasileira nesta quinta-feira (29). Mais cedo, os
papéis chegaram a cair até os R$ 5,35, ou baixa de 26,21% (e com
queda de mais de 20% durante toda a manhã), após notícia da
Bloomberg, citando fontes, de que a aérea estaria avaliando opções
que vão desde uma oferta de ações a um pedido de proteção contra
credores nos Estados Unidos, chamado de “Chapter 11″, enquanto luta
para cumprir obrigações de dívida com vencimento iminente.
Com a demanda por esclarecimentos, os ADRs (recibo de ações
negociados nos EUA) da Azul tiveram a sua negociação interrompida
às 13h47 (horário de Brasília) e as ações AZUL4 na B3 tiveram
pregão suspenso às 14h16 com a iminência de fato relevante da
aérea. Os papéis AZUL4 reabriram por volta das 14h50 mantendo forte
queda, registrando desvalorização de 21,66%, a R$ 5,68.
A companhia arquivou o comunicado de esclarecimento na CVM às
14h22, dizendo que a notícia publicada pela Bloomberg foi
“mal-interpretada”.
A aérea reafirmou uma série de negociações que havia divulgado
anteriormente envolvendo ações para melhoria de sua estrutura de
capital.
A Azul não mencionou as alternativas citadas pela matéria; em
vez disso, a empresa citou uma série de ações que a empresa já
havia divulgado anteriormente, como negociações para uma combinação
de negócios com a rival Gol e que tem capacidade de captação de
recursos utilizando a unidade Azul Cargo como garantia primária em
montante de até US$ 800 milhões.
“A companhia está em negociações ativas com seus principais
‘stakeholders’ para otimizar a estrutura de equity acordada no
plano de otimização de capital do ano passado. Em linhas gerais, os
‘stakeholders’ estão demonstrando apoio e as negociações estão
avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”,
afirmou a Azul no fato relevante.
Informaçoes Bloomberg
GOL PN (BOV:GOLL4)
과거 데이터 주식 차트
부터 12월(12) 2024 으로 1월(1) 2025
GOL PN (BOV:GOLL4)
과거 데이터 주식 차트
부터 1월(1) 2024 으로 1월(1) 2025