O aumento dos preços da celulose no mercado externo e a desvalorização do real colocam as fabricantes de celulose no radar dos analistas. E é a Klabin a empresa que captura esse cenário de recuperação do setor, tendo elevação para compra pelo Bank of America e manutenção em outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) pela Itaú BBA.

Outra empresa do setor, a Suzano (BOV:SUZB3), também tira proveito do cenário de aumento dos preços da commodity e segue com recomenda de compra pelas duas instituições. No entanto, há uma maior preocupação em relação aos desafios relacionados às aquisições da companhia, em especial em torno a tentativa de se chegar a um acordo para a compra da International Paper.

O Bank of America reforça que, além da expectativa de maior demanda e aumento dos preços da celulose, há também uma recuperação nos preços do segmento de papel kraft (utilizado em embalagens) e a desvalorização do real frente ao dólar, que aumenta a receita das exportações.

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“Como resultado, aumentamos nossas estimativas e preços alvo em todos os setores de celulose e estoques de papel principalmente à medida que incorporamos novas previsões para o real/dólar, com uma média de R$ 5 ante R$ 4,88 anteriormente”, explicaram, em relatório.

Dentro desse cenário, a recomendação da Klabin passou de neutra para compra.

“Vemos a Klabin como um veículo sólido que oferece alavancagem para as três tendências mencionadas e também oferece potencial de redução de custos este ano”, explicaram.

O preço alvo da Klabin (BOV:KLBN11) passou de R$ 24 para R$ 28, com potencial de valorização de 16,7%. Essa atualização leva em conta o perfil da empresa, que possui 39% do Ebitda proveniente da celulose e conseguiu aplicar reajustes de preços para o mercado internacional entre 10,1% e 13,6%, e dos efeitos da desvalorização cambial.

“A Klabin também é um veículo atraente para se posicionar para uma desvalorização do Real, já que 50% de suas receitas são baseadas em dólares e apenas 17% de seus custos são denominados na moeda. Calculamos que para cada 10 centavos de desvalorização do real, seu Ebitda aumenta em R$ 113 milhões”, explicaram.

Os analistas do BofA lembram que a Klabin já atingiu um custo de R$ 3 mil a tonelada no primeiro trimestre do ano, antes mesmo da conclusão da aquisição dos ativos do Projeto Caeté, que deve influenciar na redução das despesas de materiais. “Assim, vemos espaço para surpresas positivas em relação ao guidance de custos da companhia para o ano e estão modelando o custo caixa total/tonelada em R$ 3.000/tonelada em média para 2024.”

O real desvalorizado favorece também a Suzano, que já possuía recomendação de compra pelo Bank of América, mas o preço alvo subiu de R$ 80 para R$ 84, o que incorre em um potencial de valorização de 5%. O problema, no entanto, é a finalização e consolidação dos ativos.

“Embora este seja um ponto de entrada atraente, também reconhecemos o excesso de fusões e aquisições resultante da estratégia da empresa de internacionalização e diversificação em diferentes produtos e geografias. Com informações limitadas sobre potenciais sinergias, valor de uma eventual oferta e tamanho do financiamento e custo de uma aquisição, reconhecemos que há incerteza, o que pode adicionar volatilidade às ações”, avaliaram.

O Itaú BBA também vê um cenário positivo para as duas fabricantes de celulose, com recomendação outperform para ambas, devido aos preços favoráveis no exterior e recuperação a demanda.

“O impulso dos preços da celulose em 2024 tem sido até agora positivo surpreendeu analistas e investidores, com uma melhor dinâmica de oferta e demanda na Europa e a transição positiva na China”, avaliaram, lembrando que houve um aumento de 45% nos preços na Europa.

A expectativa é que os preços médios na Suzano e Klabin fiquem em, respectivamente, US$ 795 e US$ 725 a tonelada no ano, o que representa cerca de US$ 35 superior ao esperado pelos analistas no início do ano.

O preço alvo para a Suzano é de R$ 67 e, para a Klabin, de R$ 26.

“Esperamos que a Suzano atinja um Ebitda de R$ 24,6 bilhões em 2024, ajudada pelos preços mais altos da celulose. (…) Mas reconhecemos que os investidores não estão focando no desempenho operacional, mas no incertezas em torno da potencial aquisição de International Paper”, avaliaram.

informações Infomoney
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